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Congresso dos EUA estuda regular publicidade política nas redes

By Marina Gonçalves

A margem de votos em Pensilvânia, Wisconsin e Michigan durante a eleição de 2016 foi "extraordinariamente pequena, e parece perfeitamente possível que anúncios políticos possam ter influenciado o resultado", diz Brian Winter da AS/COA. 

Semana sim, semana também o presidente Donald Trump critica o que chama de “fake news” (notícias falsas) em seu Twitter. De fato, estima-se que a população dos EUA afetada pelas notícias falsas representa 40% do total dos 310 milhões de pessoas que habitam o país. Mas uma investigação em curso nos EUA tenta descobrir se o conteúdo falso impulsionado por anúncios pagos nas redes sociais podem ter ajudado a elegê-lo. Em exaustivas audiências no Senado ao longo desta semana, representantes de Facebook, Google e Twitter admitiram que as publicações de origem russa armazenadas em suas plataformas na campanha eleitoral são muito mais numerosas do que os gigantes tecnológicos tinham anunciado até antão. E como resposta, o Congresso discute se o governo deveria regular os anúncios políticos nas mídias sociais — como já faz com publicidade em televisão ou rádio. Uma solução bipartidária apresentada recentemente, a Lei de Anúncios Honestos, propõe, pelo menos, tornar o processo mais transparente — uma providência exigida por muitos que veem na propagação de notícias falsas uma ameaça aos próprios fundamentos da democracia.

Brian Winter, vice-diretor da Americas Society, lembra que a eleição de 2016 foi decidida por menos de cem mil votos em Pensilvânia, Wisconsin e Michigan.

"É uma margem extraordinariamente pequena, e parece perfeitamente possível que anúncios políticos possam ter influenciado o resultado — afirmou. — Penso que vamos olhar para trás como um período na História quando uma nova forma de comunicação, as mídias sociais, fez sua estreia, e nós, como sociedade, fomos incrivelmente pouco sofisticados sobre os riscos que ela representava"....

Leia o artigo completo aqui.

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