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Gosto de vitória

By Helena Celestino

A proposta do Presidente Obama para restringir a NSA foi "um belo gesto aos líderes estrangeiros, mas é difícil recuperar a confiança dos aliados", comentou Christopher Sabatini da AS/COA.
 

Pela primeira vez desde o 11 de Setembro, os EUA se propõem a limitar o poder das agências de informação

“Não me lembro de um presidente dos EUA pedir desculpas por um ato de governo. Clinton se desculpou pelo apartheid, mas nunca antes vi um chefe de Estado americano reconhecer que foi longe demais ao anunciar mudanças”, diz Christopher Sabatini, editor-chefe da revista Americas Quarterly, editada pelo Council of the Americas.

Mas vai mudar mesmo? No teatro da diplomacia sim, foi um gesto de reconforto para Dilma e Merkel, as líderes que reagiram contra o grampo nos seus telefones. No mundo do simbólico, também: pela primeira vez desde o 11 de setembro - lá se vão 13 anos - os EUA se propõem a limitar o poder das agências de informação, dando a um representante da sociedade civil o poder de supervisionar as autorizações para escutas.

Mas na prática o presidente perdeu a oportunidade de botar sob controle a gigantesca NSA. Era o momento de recuperar a aura e a credibilidade que tinha quando ainda era um jovem professor de Direito Constitucional prometendo o fim das escutas ilegais de cidadãos americanos se fosse eleito presidente. Ele ainda parece desconfortável no papel de comandante em chefe de um Estado transformado em Big Brother, equilibrando-se com dificuldade entre as exigências da segurança - levantadas pelos falcões diariamente - e seus velhos compromissos com as liberdades democráticas, cobrados pelos países aliados, pelas entidades de direitos civis e em resolução aprovada por unanimidade na ONU.

“Fez um belo gesto aos líderes estrangeiros, mas é difícil recuperar a confiança dos aliados”, diz Sabatini....

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