Imigração dominará agenda de Trump e Kamala
Imigração dominará agenda de Trump e Kamala
"Uma eventual deportação em massa [por Donald Trump], teria impacto na região e na economia americana", diz Brian Winter, da AS/COA, para O Globo.
O resultado da eleição americana pode significar uma continuidade, com algumas mudanças, ou uma guinada radical na relação da Casa Branca com a América Latina, comparada por analistas ouvidos pelo GLOBO com o ato de “jogar uma bomba sem medir as consequências”. O segundo cenário, claro, refere-se à possibilidade de um retorno do republicano Donald Trump ao poder.
A “bomba” que Trump lançaria contra os países latino-americanos, nas palavras de Michael Cohen, professor da universidade The New School, de Nova York, seria uma radicalização de sua política de controle migratório. Ao longo da campanha, o republicano atacou com extrema agressividade os imigrantes da região, chegando a dizer, no caso dos haitianos, que eles “comem cachorros e gatos” de moradores do estado de Ohio.
O ex-embaixador dos EUA no Brasil, no entanto, acredita que não será fácil para Trump cumprir sua promessa de deportação em massa de latino-americanos, mas garante que o republicano “vai tentar” — e uma eventual tentativa impactaria toda a região.
Na opinião de Brian Winter, editor-chefe da revista Americas Quarterly, “a relação com o México seria hostil”.
— Em 2026, haverá uma renegociação do acordo entre EUA, Canadá e México. Não podemos subestimar o nível de conflito que haveria se Trump vencer — alerta. — E uma eventual deportação em massa teria impacto na região e na economia americana...