Nova edição da Americas Quarterly: A alarmante vulnerabilidade a ataques cibernéticos
Nova edição da Americas Quarterly: A alarmante vulnerabilidade a ataques cibernéticos
A última edição da AQ explora como a América Latina é a região mais vulnerável do mundo a ataques cibernéticos. O que está em risco e o que pode ser feito?
Nova York, 25 de julho de 2023—“Quando a Costa Rica sofreu um ataque maciço de ransomware em abril de 2022, paralisando as exportações e expondo gigabytes de informações confidenciais online, foi um sinal de alerta para toda a região”, escrevem os editores da Americas Quarterly (AQ) na nova edição da revista, que enfoca a precária segurança cibernética na América Latina. “Embora a segurança cibernética seja um problema global, na América Latina a demora em passar leis específicas e a falta de conscientização muitas vezes deixam a questão só nas mãos de especialistas em tecnologia. Mas as equipes de TI não conseguem resolver problemas onde investimentos não são feitos. A segurança digital é um problema estrutural que deve ser enfrentado a partir da direção das empresas e dos palácios presidenciais. Em suma, é necessário liderança”.
Na matéria de capa da nova edição, Cecilia Tornaghi escreve que a América Latina se digitalizou em ritmo acelerado nos últimos anos, mas o claro talento para a adoção de novas tecnologias superou as defesas cibernéticas da região. A América Latina sofre 1,600 ataques por segundo, ela escreve, e embora hackers tenham praticamente qualquer um como alvo, a lista de ataques recentes contra governos e instituições públicas é especialmente alarmante.
Randy Pestana diz em outro artigo que a cibersegurança é um novo campo de batalha na competição entre Estados Unidos e China na América Latina e no Caribe. Os Estados Unidos, escreve ele, podem fazer mais para proteger a América Latina e o Caribe de ameaças cibernéticas e garantir que continuem sendo um parceiro preferencial. Emilie Sweigart apresenta os principais indicadores sobre investimento em segurança cibernética e na capacidade de combater esses ataques, rastreando como a América Latina está entre as regiões do mundo mais atrasadas no comprometimento com medidas de segurança cibernética. Os gráficos também mostram a proporção de organizações que adotam IA por região. John McIntire discute como os Estados Unidos podem ajudar a fortalecer os negócios cubanos e conter os fluxos migratórios no processo. Susan Segal diz que a segurança digital precisa ser abordada nos níveis mais altos: ela precisa estar na agenda de líderes e ministros para que o assunto seja tratado adequadamente, em um período de tempo aceitável.
Também nesta edição:
- Nick Burns enfoca como a advogada jamaicana de direitos humanos Malene Alleyne está usando novos caminhos legais para promover ações contra as mudanças climáticas.
- The Long View: Britta Crandall e Russell Crandall escrevem sobre como a Doutrina Monroe completa 200 anos este ano e como ela, inicialmente saudada por líderes latino-americanos, tem hoje um confuso legado.
A edição completa está disponível em americasquarterly.org. Veja o PDF.
Para solicitar entrevistas com os autores ou solicitar permissão para publicar, entre em contato com a assessoria de imprensa da AS/COA em mediarelations@as-coa.org.