Nova edição da Americas Quarterly: O superciclo eleitoral na América Latina

Nova York, 23 de janeiro de 2024—“No superciclo eleitoral de 2024 na América Latina, os eleitores parecem propensos a recompensar os líderes que atendem às suas necessidades mais fundamentais – em alguns casos, independentemente de valorizarem a democracia, um governo ético ou o Estado de direito”, escrevem os autores da Americas Quarterly (AQ) na nova edição da revista, que analisa como as eleições presidenciais em seis países latino-americanos farão história, testarão instituições e sinalizarão novas tendências significativas na política da região.

Na matéria de capa, Tamara Taraciuk Broner acrescenta que 20 das últimas 22 eleições presidenciais livres e justas na América Latina, desde 2018, foram vencidas pela oposição. “Mas essa tendência pode mudar este ano, graças aos líderes que obtiveram algum sucesso – mesmo que isso tenha tido um custo”, escreve ela. Taraciuk Broner analisa os casos de El Salvador, México, Panamá, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, que se preparam para eleger presidentes.

José Enrique Arrioja explora o caminho que a Guiana seguirá após um boom do petróleo que pode transformar o país. Arrioja, editor principal, da AQ, viajou ao país sul-americano para entrevistar o seu presidente, vários funcionários do governo, bem como membros da oposição política, da sociedade civil, do setor privado e pessoas comuns. Ele viu alguns sinais promissores, mas também viu como a disputa pelo dinheiro do petróleo e sua distribuição entre partidos políticos e grupos étnicos já está a todo vapor.

“Na frente econômica, as autoridades guianenses falam de forma convincente sobre os riscos do petróleo. Mas quando se trata de planos de longo prazo, os detalhes às vezes podem parecer escassos”, escreve Arrioja.