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Os desafios de Barack Obama no segundo mandato: América Latina

By Gabriela Loureiro e Cecília Araújo

O Diretor Principal de Polítcia da AS/COA Christopher Sabatini aponta quais serão os principais desafios durante o segundo mandato do Presidente Barack Obama para América Latina.

A forte presença de latinos nos Estados Unidos nunca se traduziu em reforço na política externa para a América Latina.  E não se avistam mudanças no horizonte.

A relação dos EUA com o Brasil deve permanecer, no máximo, cordial. “Aos poucos o Brasil está vendo que pode estar do lado dos EUA sem perder sua independência, e os EUA estão começando a reconhecer que as diferentes opiniões e políticas brasileiras nem sempre querem dizer intransigência e oposição”, diz Christopher Sabatini, especialista da Americas Society/Council of the Americas.

Entre os países com os quais o Brasil mantém laços estreitos estão Venezuela e Cuba, governados por dois próceres do antiamericanismo. Desde que Hugo Chávez se tornou presidente, os americanos têm tentado repetidamente estreitar os laços com a Venezuela. Mas o governo chavista não se mostra disposto ao diálogo. "Chávez faz acusações infundadas contra os americanos. Por isso, Obama deve se manter distante também neste momento de incerteza que envolve o estado de saúde de Chávez”, afirma Sabatini.

Há tentativas de aproximação com Nicolás Maduro, vice-presidente apontado por Chávez como seu sucessor. Ele é visto como mais pragmático, pela sua experiência como chanceler. Mas o caminho ainda permanece fechado. “Por mais que alguns chavistas possam considerar rever os laços com os EUA, enquanto Chávez estiver vivo, será complicado se distanciar de sua ideologia.”

A política americana tampouco deve apresentar grandes mudanças em relação a Cuba, que amplia suas reformas sociais e econômicas, . Uma das razões é a lei de embargo - embora Chuck Hagel, indicado para o cargo de secretário de Defesa, já tenha se mostrado contra essa medida no passado. Outro fator é a permanência na prisão de Alan Gross - ex-funcionário da agência americana para o desenvolvimento internacional (Usaid), condenado em 2009 a uma pena de 15 anos em Cuba por “crimes contra o estado”.

“Se Fidel Castro morrer, há a possibilidade de um colapso em Cuba, mas os EUA continuarão completamente distantes desse assunto, mesmo que a ilha esteja tão próxima da costa do país”, aponta Sabatini....

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