(Photo: Phelipe Azevedo Films)

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Susan Segal em entrevista à Exame sobre equidade de gênero e conferência WHN em São Paulo

By Gabriella Sandoval

A WHN é "um espaço interessante para nós ajudarmos as mulheres através de exemplos de outras mulheres bem-sucedidas", diz a presidenta e CEO da AS/COA.

Quando ingressou no mercado de trabalho, em 1976, Susan Segal era uma das poucas mulheres em um cargo de liderança no mercado financeiro. Mas só 20 anos depois ela se deu conta de que ganhava muito menos do que os seus colegas homens. “Quando eu era uma jovem bancária, eu tive uma oportunidade – dada por homens –, porque eu sabia as respostas e estava fazendo um bom trabalho. Mas o meu salário não chegava nem perto do deles”, lembra.

Desde 2003 como presidente e CEO do Americas Society/Council of the Americas (AS/COA), entidade sediada em Nova York e que tem como missão promover fóruns para debater oportunidades nas Américas, Susan se dedica com afinco à defesa da igualdade de gênero e o empoderamento feminino.

No mês passado, a AS/COA promoveu, em São Paulo, o Women’s Hemispheric Network, uma conferência sobre o protagonismo do Brasil no G20—e o impacto da agenda global na vida e carreira das mulheres.

De seu escritório em Nova York, Susan falou com exclusividade à EXAME ao lado de Ragnhild Melzi, vice-presidente de programas de Programas de Políticas Públicas e Relações Corporativas da AS/COA. Confira:

EXAME – De onde surgiu sua paixão pelo tema empoderamento feminino? 

Susan Segal - Eu vim de uma época na qual as mulheres não eram remuneradas de forma equitativa e não tinham tantas oportunidades quanto os homens. Por isso, acredito fortemente em aproveitar minha experiência e os anos que trabalhei para dar mentoria a mulheres jovens. Elas são igualmente qualificadas e merecem a oportunidade de subir ao topo. Mesmo nos Estados Unidos, as mulheres ainda ocupam só 25% dos cargos de conselho e 5% das posições de CEOs. Então, realmente chegou a hora de muda. [...]

EXAME – Qual é o principal propósito da Women’s Hemispheric Network, conferência que vocês promoveram no final de junho em São Paulo? 

Susan Segal – A Women’s Hemispheric Network começou há mais de 12 anos com Michelle Bachelet e a ex-primeira-dama do México, Margarita Zavala, para tentar capacitar as mulheres e criar uma rede que as ajudasse a permanecer na força de trabalho, especialmente após se casarem e terem filhos. Ainda há muitas pressões familiares para que as mulheres fiquem em casa. E em muitos países as mulheres para alcançarem o sucesso precisam de um homem na família; um marido ou parceiro que esteja disposto a assumir parte da responsabilidade em casa. E então achamos que este seria um espaço interessante para nós ajudarmos as mulheres através de exemplos de outras mulheres bem-sucedidas contando suas experiências. A mensagem que queremos deixar é que elas podem ser bem-sucedidas fazendo o que as faz feliz; mesmo que isso signifique ficar em casa. Isso também é aceitável. As mulheres precisam ter a oportunidade da escolha...

Leia a entrevista completa.

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